Lua de mel nas Maldivas

Maldivas, o paraiso

Para pessoas normais, sem pais super ricos que vão para ilhas desertas todas as férias de inverno, ter a experiência de ir para uma pequena ilha perdida no oceano é realmente fora deste mundo. Mesmo para os mais viajados a experiência é realmente nova. Há uma sensação de admiração e medo quando o pequeno hidroavião que parece que vai cair no oceano a qualquer momento, nos eleva no ar e o aterra majestosamente numa ilha. Uma ilha pequena, não muito deserta, onde é possíve circundar o local em 30 min e não ver nada além de água no horizonte. É espantoso.

Mas agora chegámos ao paraíso. As vantagens da boa vida. Os bungalows são exatamente o que sonhamos, a água é tão azul quanto o céu, os peixes são abundantes ecoloridos, há tubarões, comida incrível e, claro, coquetéis na piscina. É exatamente um sonho tornado realidade.
Acho que não há muito a dizer sobre este tipos de férias. É exactamente o que se vê… absolutamente incrível. E hoje em dia já não é assim tão caro. Ou pelo menos acessível a mais pessoas.

Opções

Ok, existem diferentes níveis de férias na ilha, seja aqui, nas Filipinas ou em Bora bora. Decidimos que não queríamos os mais baratos. Embora seja a primeira vez nas Maldivas, como tal, não posso realmente ter uma opinião adequada sobre os lugares, mas pelos comentários e fotos os mais baratos pareciam mais um resort de verão no sul da Espanha, cheio de crianças aos gritos e norte europeus bêbados. Talvez eu esteja errada, mas com certeza não ia arriscar 5k nessa hipótese.
Então, procuramos um pouco mais alto. Não os carissímos, com serviços premium de mordomo, restaurantes subaquáticos e experiências quase verdadeiramente de Robinson Crusoe, mas que custam 5 vezes mais. Optámos por uma faixa de preço média, numa ilha não lotada, com opção de tudo incluído. E acho que foi a escolha certa!!

Eu acredito em economizar e valorizar o meu dinheiro. Então, gastar uma pequena fortuna num hotel lotado removeria totalmente o valor do dinheiro gasto e a experiência que queríamos. Por outro lado, vale realmente a pena o dinheiro extra para os hotéis mais altos? Provavelmente, mas não podiamos com o nosso orçamento. Mas se eu pudesse pagar, definitivamente iria.

O Tudo-Incluído

Bem, como alguém que é muito preocupado com dinheiro, eu queria uma lua de mel sem complicações. Umas férias em que eu não enlouqueceria cada vez que recebíamos a conta de uma cerveja ou um coquetel. Por isso, o regime tudo incluído foi a nossa melhor opção. Devo dizer que servem MUITO álcool. Não somos enganados aqui. Quero dizer, eles constantemente servem doses dupla, mesmo sem pedir, e é quase difícil conseguir uma bebida misturada adequada, pois querem agradar e servem o máximo de álcool possível. Eu culpo os norte europeus… nós queremos bebidas decentes, não meio copo de rum e um gostinho a cola. Agora, tudo depende de quanto bebem. Mas se bebermos uma cerveja ao almoço, um copo de vinho ao jantar e um ou dois cocktails à beira da piscina, ou no quarto 😉 vale a pena. Além disso, não tenho certeza se isto acontece em todos os hotéis, mas aqui não há problema em ir ao bar buscar uma bebida e levá-la para a nossa piscina privada.
Sim, piscinas privadas. Se querem a experiência completa, vão para as villas com piscinas privativas. Foi simplesmente incrível. Afinal quem quer estar numa piscina com outras pessoas na lua de mel?!


Outra coisa incrível sobre este hotel (ou a época do ano em que fomos) é que tinhamos a sensação de ter a ilha para só nós. Sim, o buffet de almoço estava sempre cheio, mas depois, como por magia, as pessoas simplesmente desapareciam. Deambulámos pela praia, nadámos nos recifes de coral e não víamos ninguém. A sério. Às vezes aparecia um outro casal, distante na praia ou a nadar nos corais. Até hoje eu me pergunto o que é que todos aqueles outros hóspedes fizeram nas suas férias?

Nimguém à vista

Experiências

Num lugar como este, há mais do que o snorkling ou apanhar sol. Geralmente há algumas opções para desportes aquáticos, pesca e mergulho. Fizemos paddle (não consigo achar nada divertido). Sobre a pesca, conversavamos com o staff, e parecia super chato, já que não havia muita barracuda ou espadarte naquela época e eles só tinham um dia de pesca de rede. Fomos para o passeio de barco de golfinhos gratuito ao pôr do sol. Vimos golfinhos e o pôr do sol. Foi agradável.
Mas a experiência mais incrível foram os tubarões-baleia. Mas é preciso economizar algum dinheiro para isso, pois os preços são altos (pagamos cerca de 350 dólares cada). Mas é verdadeiamente incrível. Nadando sozinhos, estes amigáveis ​​tubarões-baleia são animais enormes. De tamanho verdadeirament impressionante. Sentimo-nos tão pequenos. Mas, ao mesmo tempo, não é nada assustador. Achei que ia ficar cheia de medo, mas não. Eles são criatura super pacíficas. A parte mais assustadora é a enorme quantidade de pessoas na água. Eu acho que ser acessível para a maioria (incluindo nós) tem as suas desvantagens, especialmente para a natureza.

Eu e o monstro

Sim, eu definitivamente voltaria a mergulhar com eles e acho bom que os preços não sejam mais acessíveis. Mas é triste ver a destruição e a invasão de ecossistemas naturais nestes lugares. Os recifes de coral estão a morrer! É visível a falta de cor neles. É realmente triste. E todos estes resorts têm “actividades de alimentação de tubarões e raias”. Eles têm horários diários em que um membro da tripulação vai à praia e alimenta os animais. É claro que há um monte de raias 20 minutos antes do horário programado todos os dias, e os tubarões vêm assim que há comida. Os animais são inteligentes e aprendem hábitos. Mas esses hábitos são destrutivos da sua natureza. Só que claro, como turista é muito interessante de ver.

Hora da comida

O sonho

No fundo eu senti-me como a Brooke Shields na Lagoa Azul. Era o meu filme de infância favorito. O meu avô tinha-o e eu vi-o centenas de vezes (o também o Regresso à Lagoa azul). Simplesmente amo a ideia de viver numa ilha deserta. Acho que de alguma forma esta ideia ficou na minha cabeça, e desde que comprei um livro tipo Taschen da Polinésia Francesa quando tinha 18 anos que sonhava com uma lua de mel lá. Mas foi só quando voltei (da versão de baixo custo de Bora bora), que percebi que o sonho de infância se havia tornado realidade.
Eu não sei com o que vocês sonham, mas seja o que for, façam. Com certeza vale a pena 😉